SEMINÁRIO INTERNACIONAL JUPIC - ABERTURA

1º Seminário Internacional de Justiça, Paz e Integridade da Criação - JUPIC

Escolhe a Vida!

1- 21 de Outubro de 2012 – Steyl, Holanda

 

Boas Vindas!

Todas as províncias e regiões estão representadas no Primeiro Seminário Internacional de JUPIC, por 44 irmãs coordenadoras ou representantes de JUPIC. Participam, ainda, toda a equipe de Coordenação Geral da Congregação, quatro representantes do Verbo Divino e as irmãs da equipe de serviço, como secretaria e comunicação, em um total de 64 pessoas.

A acolhida na Casa Mãe, em Steyl, foi muito afetuosa e as irmãs tiveram a oportunidade de se conhecerem mutuamente e continuarão compartilhando suas experiências durante todo o seminário.

No domingo, a maioria das irmãs já havia chegado para o Seminário. Após o almoço, então, foram visitar a imprensa do Verbo Divino, pois havia uma exposição das máquinas que os irmãos usaram em seu trabalho de evangelização. As máquinas foram restauradas para que as pessoas possam conhecer mais da magnitude da obra de Arnaldo Janssen.

 

ESCOLHE A VIDA!

1.     Abertura do Seminário

O tema do seminário “Escolhe a Vida” motivou a missa de abertura. Todas as pessoas participantes se reuniram na capela das Madres Maria e Josefa e dali saíram em procissão para a Igreja. A missa foi presidida pelo Pe. Bert Woning, provincial do Verbo Divino da Holanda, que esteve 40 anos, como missionário, no Paraguai.

2.     Importância do Seminário

Após a missa foi feita a abertura oficial do seminário, com as orientações praticas e a apresentação da equipe de facilitadores: Ir. Mary John e Pe. Francisco O’Conaire, OFM.

Irmã Maria TeresiaHornermann deu as boas vindas a todas as pessoas participantes e expressou sua alegria com a presença de representantes de todas as províncias. Ela enfatizou a importância e a necessidade deste seminário para aprofundar a temática de JUPIC na perspectiva do 13º Capítulo Geral.

3.     Dinâmica de integração

            Para maior integração das(os) participantes, foram feitas algumas dinâmicas de integração, uma vez que há pessoas de diferentes partes do mundo e de distintas línguas e culturas.

4.     Questionário sobre JUPIC

 Em preparação ao Seminário todas as províncias receberam um questionário para ser respondido em comunidade. Para algumas províncias as perguntas pareceram muito simples e, até mesmo, divertidas ou provocativas, porém foram motivo de conversas e aprofundamento.

A equipe organizadora apresentou as respostas das Províncias, aqui apresentamos um resumo: (para mais detalhes acessar sspsjupic.wordpress.com – Cuestionario de JUPIC).

 

       5. Algumas conclusões relativas ao processo:

  • Foram enviadas as mesmas instruções a todas, porém houve diferentes compreensões da tarefa a ser realizada;
  • Os materiais chegaram a todas as províncias e (supostamente) em cada comunidade, porém o numero de respostas não coincide com o das várias províncias e comunidades (nem todas responderam);
  • Algo precisa ser melhorado em nossa comunicação e em nosso compromisso, no que diz respeito as reflexões propostas e enviadas pela Coordenação Geral e/ou organizadores de seminários, capítulos, etc.

       

       6. Algumas conclusões sobre as respostas

  • JUPIC é para todas as irmãs da Congregação;
  • JUPIC é para ajudar na mudança das estruturas sociais;
  • JUPIC tem a ver com nossos hospitais, escolas e outras instituições;
  • JUPIC está diretamente relacionado com nossa espiritualidade e vida de oração.

É importante ter em conta:

  • Pelo menos 30 comunidades creem que JUPIC é um ministério especializado e, portanto,nem todos seriam chamados para envolverem-se;
  • Em 8 Províncias/Regiões não temos ideia do que as irmãs pensam sobre JUPIC.

Sem duvida,

É devido a todas estas preocupações com respeito ao nosso chamado a ser pessoas de Justiça e Paz e Integridade da Criação...

Que estamos aqui!

E os frutos virão no momento adequado!

 

ANÁLISE DA REALIDADE

O segundo dia do Seminário foi dedicado à análise da realidade. Pe. John Kilcrann, da Congregação do Espírito Santo, introduziu o tema a partir dos fundamentos da Doutrina Social da Igreja.

  • Resumo da jornada do dia:
  • Breve fundamentação histórica
  • Uma metodologia possível: o Ciclo Pastoral/Ciclo Espiral
  • Cada uma das etapas do Ciclo Espiral
  • Película sobre a situação de Alberta: As Areias Betuminosas do Canadá com Bruce Parry, seguido por exercício de analise social em grupos
  • Considerações teológicas do método
  • Trabalho em grupos: Resposta da fé e da espiritualidade
  • Discussão na sessão plenária: Planejamento e evolução no ministério

Assistam ao vídeo: As areias betuminosas do Canadá:

Primeira parte: HTTP://www.youtube.com/watch?v=yzHU1S6Ifpk;

Segunda parte: HTTP://www.youtube.com/watch?v=SmpdlfArtkQ

 

 

1.     Nossa Realidade

Dando continuidade à temática da análise da realidade, o terceiro dia do Seminário teve, pela manhã, um aprofundamento sobre nossa realidade pessoal, com a orientação da Irmã Celestina, SSpS e do Pe. Renato Gnata, SVD, ambos da equipe do Centro de Espiritualidade Arnaldo Janssen, em Steyl.

Os dois desafiaram os participantes a descerem mais fundo na compreensão de quem realmente somos e o papel que temos, em nossa missão como representantes de JUPIC.

Síntese do conteúdo

  • Reflexão sobre a realidade humana – nós somos muito mais que nosso corpo, nossas emoções, nossa identidade como nação e cultura. Somos pessoas amadas, incondicionalmente, por Deus. (quem desejar ver o conteúdo completo da reflexão, acessar o blog do Seminário)

 

2.     A Realidade da Congregação

À tarde, a Equipe de Liderança Congregacional apresentou a realidade congregacional, a partir do que foi visto e experimentado em suas visitas nas diferentes províncias e regiões de todo o mundo.

  • Alguns aspectos da realidade da Congregação
  • Numero de Irmãs
  • Diferentes ministérios-apostolados
  • Perfil das irmãs
  • As bênçãos da Congregação
  • Os desafios que a Congregação está enfrentando

 

3.     A Realidade da Igreja

            A última apresentação esteve sob a responsabilidade do Irmão Peter Van de Wiel, que refletiu sobre a realidade da Igreja. Os participantesforam convidados a partilhar, baseados em suas experiências desde o lugar onde vivem, a realidade da Igreja Católica – aspectos positivos, negativos e de fato.

 

4.     A Realidade do Mundo

Para introduzir o tema do dia – A realidade do Mundo hoje, o facilitador, Pe. Francisco O’Conaire, fez um resumo dos dois dias anteriores, enfatizando a relação dos temas que foram apresentados – análise da realidade, o conhecimento de quem sou eu, o compromisso da congregação e os desafios da Igreja com a missão dos que estão envolvidos com JUPIC.

 

5.     O Desafio do Tráfico Humano

Um dos temas da realidade atual do mundo é a questão do tráfico humano. Para falar sobre este problema e partilhar suas experiências, foi convidada a Irmã Margi tForsters da Congregação das Irmãs Combinianas na Alemanha. Ela trabalhou em Berlim com a organização SOLWODI...

Irmã Margit, para falar da situação das mulheres vítimas do tráfico, apresentou um documentário sobre a situação das mulheres africanas na Europa e as situações em seus países de origem, especialmente na Nigéria.

O filme causou forte impacto no grupo e provocou a reflexão sobre esta realidade nas diversas partes do mundo onde os participantes do Seminário estão envolvidos. Em grupos por continentes, houve a oportunidade de trocar experiências e discutir as principais causas do tráfico humano e suas possíveis soluções.

 

6.     Painéis sobre distintas realidades

Irmão Brian e Irmã Rose Teresa apresentaram a situação dos imigrantes nos Estados Unidos. Algumas das razões para a migração são os conflitos armados, a agressão, o desenvolvimento e os desastres naturais. Os migrantes também chegam aos EUA em busca de trabalho melhor remunerado, porém muitos deles possuem documentos ilegais.

A oração, a educação e a promoção são algumas das respostas mais importantes do grupo de trabalho para o bem-estar dos imigrantes.

 

7.     A Realidade dos Povos Indígenas no Paraguai

Irmã Angela apresentou algumas estatísticas sobre o número de povos indígenas no Mundo.

Mesmo que nos últimos anos tenha havido grandes trocas sócio-políticas mundiais que levaram à criação de novas normas jurídicas e marcos constitucionais– nacionais e internacionais  – em favor dos povos indígenas, muitos ainda estão imersos em situações de exclusão, exploração, assimilação e de violação de seus direitos, em particular ao direito “territorial”.

 

8.     O Desafio do Trabalho com HIV/Aids em Papua Nova Guiné

Irmã Arnolda apresentou a CHASI (Catholic HIV/AIDS Services Inc.) – uma organização da Igreja que tem por objetivo dar resposta às necessidades das pessoas que vivem com AIDS em Papua Nova Guiné. As prioridades da Organização são nas áreas de prevenção, tratamento e fortalecimento das pessoas afetadas.

9.     Direitos Humanos e a Defesa da Mulher na Índia

Irmã Julie, advogada, falou sobre as violações dos diretos humanos das mulheres na Índia e algumas das respostas que estão sendo dadas para protegê-las. Insistiu na ideia de que os direitos humanos são algo que todos compartilhamos e que cada ser humano deve defender e respeitar, assim como os direitos dos demais.

Quando violações ocorrem, o Estado tem que intervir, porém quando o governo não faz nada, nós temos a responsabilidade de agir.

Algumas ajudas dadas às mulheres:

  • Assistência jurídica às vítimas de violência doméstica e violência sexual;
  • Assistência às trabalhadoras domésticas – lobby para sua pensão e a inclusão no Projeto de Lei por abuso sexual.

 

10.   Nova Cosmologia

Cuidar da integridade da Criação não é somente parte integrante de JUPIC, porém a grande necessidade do mundo hoje, em vista das trocas climáticas e dos riscos que o futuro nos apresenta em consequência da exploração desmedida de nosso Planeta Terra. Esta é a razão de peso para a Nova Cosmologia apresentada por Irmã Elly Verrijt, MMZ (Congregação das Irmãs Médicas Missionárias).

Irmã Elly abriu a sessão com algumas perguntas que causaram forte impacto:

  • “O que havia na mente de Deus quando ele criou tudo que existe?”;
  • “Se há uma coisa que deve ser preservada no conjunto da Criação, o que você crê que deveria ser?”.

A maneira como olhamos o mundo e entendemos nosso lugar nele determina o modo como vivemos, o que nos motiva e nos impulsiona, e também como entendemos nossa missão.

Vivemos em um Planeta moribundo. Desencadeamos uma enorme devastação na Terra. Por outro lado, damo-nos conta da beleza do nosso Planeta. Porém necessitamos tomar consciência que não temos mais a Terra que pensamos que temos. A Terra tem se transformado de tal forma que não dá para voltar atrás. Temos entrado ao que parece, no período final da destruição.

Thomas Berry: “A glória do ser humano se tem convertido na desolação da Terra e a desolação da Terra se tem convertido no destino dos seres humanos.”

Albert Einstein: “Não podemos resolver os problemas com a mesma consciência que os criou.”

 

11.   Estamos Todos Interconectados

Cada participante foi convidado a conectar-se com sua pátria – a água e o solo de onde ele(a) nasceu. Em seguida, apresentou-se a realidade de interconexão que une todos os seres no Planeta Terra – os seres humanos entre si, com outros seres e com todo o universo.

 

12.   O Desafio e o Chamado

Estar em meio à destruição é um momento de profunda criatividade.

Viemos de uma fonte, não importa de que cor sejamos nem onde estamos, todos temos um responsabilidade com a Terra.

Deus teve muita paciência com as transformações do universo. Não podemos abandonar as pessoas. A transformação é um processo.

Na realidade, não encontramos palavras para tão grande mistério que há em toda esta realidade. Isto vai mais além de nossa imaginação e nos chama simplesmente a adorar a Deus.

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