Entrevista com Stela Maris Martins

Eu sou Stela Maris Martins. Nasci numa cidadezinha entre as montanhas de Minas chamada Candeias. Vivi a infância ao  lado de meus pais, Paulo e Marlene, e de meu irmão Alencar, num pequeno sítio. Ali naquele espaço rural, com a família e vizinhos, aprendi valores que marcaram profundamente minha vida.

Aos 12 anos fui morar com meus tios a fim de continuar os estudos. Primeiro, morei em Candeias e posteriormente em Campo Belo. Nesse tempo, comecei a participar mais efetivamente na comunidade eclesial inserindo em algumas pastorais. Foi quando comecei a descobrir que queria viver a vida a serviço e, especialmente dos mais pobres. Sentia que a Vida Religiosa Consagrada poderia ser um meio. No entanto, às vezes, confusa, achava que era um idealismo de jovem. Passado alguns anos e com a mesma inquietação, percebi que não consistia apenas num desejo pessoal, mas à luz da fé, entendi que era um chamado de Deus.

Conheci as Missionárias Servas do Espírito Santo em Campo Belo. As longas e constantes conversas com Ir. Maria Dulce, suas partilhas sobre o carisma, a espiritualidade da congregação e suas experiências missionárias (ora cômicas, ora sofridas) era uma forma de resposta por aquilo que eu aspirava. Na medida em que fui conhecendo mais a congregação fui sendo confirmada para essa opção de vida.

Agora, já são quase sete anos que estou na Vida Religiosa. Durante esse tempo tive muitas experiências. Convivi com irmãs de diferentes culturas e nacionalidades, conheci pessoas de diversos meios que, através de pequenos gestos, são verdadeiras testemunhas de nosso tempo; vi realidades onde a vida, ameaçada, e o sonho prevalecem pelo milagre; tive momentos de alegria, de dor, de consolo... Claro, com tudo isso cresci; passei a ter um olhar diferente no que se refere a mim mesma, ao outro, ao mundo e porque não dizer sobre a vida religiosa e a própria imagem que tinha de Deus.

Nesse momento, estou me preparando para uma experiência transcultural nos EUA, a partir do dia primeiro de janeiro. Essa não foi uma decisão tão simples. Deixar o ambiente, a língua, os costumes, ficar mais distante dos amigos (as) e lançar-se àquilo que ainda é desconhecido não é fácil. No fundo, entendo como um passo na fé. Também vejo como uma experiência de advento, da espera e da conquista de novos aprendizados, novas relações... Estou feliz por ter essa oportunidade tão singular; estou disposta para ir ao encontro das diversas culturas daquele país e com isso, quem sabe, aprofundar sobre minha própria cultura e adentrar um pouco mais em mim mesma.  Sou imensamente grata à Congregação, à província que me envia e à que me acolhe, à todas pessoas que na minha vida, de alguma forma, foram sinais e presença do Grande Amor.   

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