O dia 25 de Outubro foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia internacional contra a Exploração da Mulher, uma data dedicada à reflexão acerca das desigualdades e discriminações de gênero que ainda persistem em nossa realidade. Os problemas relacionados com esse fato são bastante explícitos e, embora a situação tenha melhorado bastante nas últimas décadas graças ao embate travado pelos grupos dedicados à luta pela igualdade de gênero e contra a discriminação, há ainda muito que se avançar.
Entre os problemas mais graves, o que mais chama atenção são os casos de violência doméstica contra as mulheres:
Os graves problemas relacionados com a desigualdade de gênero mostram a real dimensão da necessidade de cada vez mais buscarmos ações que nos elevem à condição de iguais em nossas relações humanas.
O dia internacional contra a exploração da mulher representa um dia de luta contra os abusos sofridos pelas mulheres do mundo e contra as desigualdades de oportunidades e de tratamento. No entanto, representa ainda mais a luta por uma humanidade mais inclusiva e menos violenta.
O Congresso do Ateneu Pontifício “Regina Apostolorum”, congregou comunicadores e especialistas de vários continentes e sintetizaram um manifesto contra a exploração da mulher:
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Defendemos e promovemos uma imagem respeitosa da liberdade da mulher e da dignidade da condição feminina nos meios de comunicação.
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Combatemos o abuso da imagem feminina como instrumento publicitário ou consumista.
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Promovemos uma informação correta e verdadeira sobre os problemas que afetam o mundo feminino.
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Comprometemo-nos a evitar tons sensacionalistas e rejeitamos fazer um espetáculo da informação.
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Defendemos o papel da mulher como responsável junto ao homem na edificação e no desenvolvimento da sociedade.
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Promovemos uma cultura da liberdade e da paz que respeite a contribuição do gênio feminino na humanização da sociedade.
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Defendemos e promovemos o papel insubstituível da mulher como educadora da sociedade na defesa dos valores mais autenticamente humanos, como o amor, o respeito, a dignidade no sofrimento e na fraqueza, a tolerância.
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Defendemos e promovemos a presença ativa da mulher na vida pública e no mundo do trabalho.
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Promovemos a dignidade da mulher e sua igualdade de direitos com respeito ao homem.
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Comprometemo-nos a desempenhar responsavelmente uma função de informação e sensibilização detectando, documentando e denunciando as situações e as práticas que limitam a liberdade e violam os direitos das mulheres e das meninas.
A mulher revela a beleza de Deus, e não pode ser tratada como um objeto de consumo, prazer, ou como uma escrava. Quanto mais ela for amada e respeitada, tanto mais o mundo será feliz.
A última criatura que Deus fez foi a mulher; “tirada” do homem e com a mesma dignidade dele para ser-lhe “companheira adequada” (Gen 2, 18) e para ser com ele “uma só carne” (Gen 2, 24).