Morte de bebê indígena em Santa Catarina expõe rotina de descaso

Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação da Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB

Brasília, 08 de Janeiro de 2016

 

A Comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JPIC) da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) manifesta sua indignação perante o ato bárbaro, o assassinato do menino indígena Vitor Pinto, do povo Kaingang, no dia 30 de dezembro de 2015, em Imbituba, na região Sul de Santa Catarina.

Segundo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI, em www.cimi.org.br), o garoto de dois anos estava com a mãe, Sônia da Silva em frente à rodoviária da cidade. O mesmo estava sendo amamentado quando um homem se aproximou, fez carinho no rosto da criança e, com um estilete, o degolou. O desconhecido fugiu, enquanto a mãe e o pai, Arcelino Pinto, desesperados tentavam socorrê-lo, mas não foi possível. A criança morreu na hora. A família de Vitor é da Aldeia de Kondá, situada no município de Chapecó, Oeste de Santa Catarina. Estavam  rodoviária os pais com três filhos menores.

Esse crime brutal revela o ódio, a discriminação e a perseguição pelas minorias marginalizadas e oprimidas, as quais vivem à mercê de todo tipo de violência. Podemos estar certos de que não se trata de uma ação isolada, muito pelo contrário, é a expressão da violência e intolerância contra Indígenas e outros grupos. Nos últimos dias, há indícios de que foram assassinados, pelo menos, cinco indígenas no Maranhão, Tocantins, Paraná e Santa Catarina.
A comissão de Justiça, Paz e Integridade da Criação espera que esse crime hediondo seja investigado e que a Justiça seja feita.

 

 

 

 

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