Ir. Carmen Castro, Secretária Executiva do VIVAT Internacional

"O melhor lugar do mundo é onde Deus me quer". São José Freinademetz

Ir. Carmen Castro, Secretária Executiva do VIVAT Internacional

Ir. Edni: Irmã Carmen, o que a trouxe ao Brasil?

Ir. Carmen: Vim ao Brasil respondendo ao convite do padre José Boeing, SVD, coordenador da JUPC PANAMERICANA. Pe. Boeing fez o convite a VIVAT International New York (VINY) para participar não apenas da reunião do zonal Pan-americano de JPIC, mas, também do Fórum Social Mundial 2003, em Porto Alegre, que precederia a reunião Pan-americana de JPIC. Fiquei muito feliz porque fui a representante de VINY nos dois eventos. Digo feliz, pois essa é a primeira vez que venho ao Brasil, uma experiência única e valiosa para mim como missionária.

Ir. Edni: Qual sua opinião sobre o Fórum Social Mundial?

Ir. Carmen: Essa foi minha primeira experiência no Fórum Social Mundial (FSM), por isso minha opinião do III FSM se baseia em seus próprios méritos.
Encontrei um número sem precedentes de delegados e delegadas e outros participantes de todos os continentes do mundo. A mídia diz que eram aproximadamente 100 mil. Claro, era óbvio que a maioria eram brasileiros/brasileiras. As taxas de inscrição para os delegados e delegadas, assim como para demais participantes eram muito razoáveis. Um simples participante podia registrar-se por apenas R$ 3,00 e podia beneficiar-se de todos os programas, da mesma maneira que um delegado ou delegada que pagou uma taxa maior. Penso que esse fator financeiro fez o FSM bastante acessível a muitos. Porto Alegre mostrou sua hospitalidade e criatividade na acomodação de todos os/as participantes do FSM. A juventude foi alojada em acampamentos ao longo do belo lago, e achei isso muito prático para aquele grupo. Ficou muito evidente que a juventude estava grandemente representada no FSM.
Durante o FSM não houve nenhum acontecimento desagradável, a paz e a segurança foram mantidas. Não ouvi nada sobre ameaças terroristas, absolutamente. Porto Alegre escancarou suas portas sem nenhum medo de terrorismo. A cidade providenciou também ônibus especiais para conduzir os/as participantes de um local do evento a outro
Foi marcante, para mim, como os organizadores e organizadoras do FSM foram capazes de acomodar tantas atividades em três principais locais: Gigantinho, para os debates e conferências, PUC e o Armazém para seminários e cursos. Poderia-se escolher apenas alguns, de acordo com o interesse, disponibilidade de tempo e transporte.
O FSM, para mim, foi uma experiência de grande magnitude, como tempo e espaço de liberdade de expressão sobre os temas candentes de nosso mundo de hoje. Foi uma experiência de diversidade de culturas e de pensamentos. As diferenças não foram barreiras. De fato, as diferenças foram testemunho de que ninguém tem a verdade total, mas que cada pessoa contribui para mostrar os vários lados da verdade. Os debates, como um todo, foram feitos com respeito, não apenas com relação às opiniões dos debatedores e debatedoras, as opiniões da audiência foram também levadas em consideração. Essa dinâmica de inclusão foi algo muito positivo para mim.
A comunicação entre todos durante os programas foi resolvida de uma maneira muito simples. Os participantes podiam pedir emprestados áudio-fones para inglês, francês e espanhol. Havia radinhos para comprar a preços baixos e isso proporcionou aos de fala portuguesa sintonizar uma determinada rádio FM. Para mim essa foi a maneira menos complicada e mais barata de lidar com comunicação, suficientemente boa para satisfazer a todos.
Entre todas as experiências, algumas destacaram-se por me haver tocado profundamente. Uma delas foi o painel dos Palestinos e Israelenses, mulheres e homens, jovens e idosos que deram sua mensagem de que a PAZ é possível entre eles. O testemunho deles foi muito inspirador, sobretudo ao darem-se mutuamente sinais de paz. Uma outra conferência muito disputada foi sobre "Valores e Paz", exposta de maneira muito bonita por Leonardo Boff (Brasil), Eduardo Galeano (Uruguai), Radha Kumar (Índia) e Jean Ziegler (Suíça). A mensagem del@s, além de inspiradora foi desafiadora, especialmente para nossos tempos, quando violência, terrorismo e guerra pairam sobre nossa comunidade planetária.
Gostei das apresentações artísticas entre as conferências, quando cantores e músicos também contribuíram para a animação da audiência. Foi durante esses momentos que apreciei o duplo e combinado papel que eles/elas desempenham de conscientização social e de entretenimento. Certamente a cultura latino americana contribuiu muito para o bom humor e para a atmosfera alegre. A audiência estava muito atenta e sintonizada com o que estava sendo comunicado, o que se podia perceber pelos aplausos, como também pelos momentos respeitosos de silêncio, solicitados em certas ocasiões.
A surpresa da visita e fala do Presidente Lula fez uma conexão direta entre o FSM e o Fórum Econômico em Davos. O Presidente Lula foi carinhosamente aplaudido pelos milhares presentes no "Por do Sol", onde prevalecia uma atmosfera de ESPERANÇA de que sua presença em Davos seria de empenho em favor dos milhões que anseiam por libertação da pobreza e das conseqüências excludentes da globalização e do neo-liberalismo.
Durante todo o FSM perguntei a mim mesma: como todos esses impulsos positivos, propostas e recomendações serão dirigidos e canalizados de maneira a serem implementados na sociedade, para que surtam plenamente todos seus benefícios? No momento, não estou informada sobre tal mecanismo dentro do FSM. Minha esperança é que os participantes sejam, eles próprios, os canais de implementação em seus respectivos círculos sociais.
Como um todo, diria, eu sinceramente parabenizei o comitê organizador do FSM, como também aos muitos atentos voluntários e voluntárias que propiciaram o desenrolar tranqüilo das atividades, durante todo o FSM. Aprendi muito e minha aprendizagem não foi através de livros, mas pelo ambiente que respirei e do qual gostei, um tempo que verdadeiramente ensinou-me que: "UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL!" Muito OBRIGADA Porto Alegre! Muito OBRIGADA Brasil!

Ir. Edni: O que é VIVAT International? Qual sua origem e objetivos?

Ir. Carmem: O nome VIVAT vem do verbo latino vivere, que significa viver e VIVAT significa QUE VIVA. Para nós, SSpS e SVD, VIVAT é a primeira palavra da oração que nosso Fundador Padre Arnaldo Janssen deu-nos como um legado da missão: VIVAT Deus unus et trinus... que significa Que viva o Deus Uno e Trino... gosto muito do nome porque como a Carta de VIVAT diz: "o nome VIVAT International, como um símbolo unificador das congregações, das quais seu corpo é formado". Além disso, ele torna viva em nós a visão da missão de nosso Pai e Fundador.
VIVAT International é, portanto, uma rede organizada entre todos as/os integrantes das Irmãs Servas do Espírito Santo (SSpS) e confrades da Sociedade do Verbo Divino (SVD) cujo trabalho, qualificação ou experiência têm relação direta com assuntos relacionados a justiça social, desenvolvimento, paz ou ecologia e aquel@s diretamente associados a essas congregações em sua pastoral e atividades relacionadas a tais questões.
A Carta do VIVAT International, em seu preâmbulo, declara expressamente sua natureza, visão e objetivos. Ela diz: "Partilhando a visão de mundo e de cada ser humano como criados em bondade e dignidade e acreditando na igualdade de direitos e na dignidade de todos os indivíduos, pessoas e culturas, nós nos comprometemos a promover justiça, harmonia e reconciliação no mundo.
Portanto, nós pretendemos:

  • Alcançar pessoas e povos vivendo em pobreza de qualquer espécie e partilhar de seus esforços pela restauração de bem estar, dignidade e liberdade;
  • Promover os direitos humanos, o desenvolvimento sustentável, entendimento e harmonia entre os povos, culturas, classes e religiões e a criação de uma sociedade global e de sociedades locais que permitam a participação de todas as pessoas.
  • Trabalhar pela sustentabilidade ecológica, a proteção da bio-diversidade e a preservação da riqueza do planeta para as gerações futuras. 

Reconhecemos que esses objetivos são inteiramente compatíveis com o trabalho das Nações Unidas pelos direitos humanos, paz e desenvolvimento. Também reconhecemos que a ONU é um importante fórum para a colaboração com muitos outros que partilham esses objetivos. Portanto, procuramos trabalhar junto com as Nações Unidas, como também com outras agências e ONGs. Acreditamos que a presença e a experiência de muitos anos de nossos membros, em muitas e variadas situações no mundo, é um importante recurso para o alcance desses objetivos."
Fica claro, portanto, que VIVAT International reconhece o empenho passado e presente de nossos membros engajados em JUSTIÇA, PAZ e INTEGRIDADE DA CRIAÇÃO (JUPIC).
Os objetivos de VIVAT International são:

  • Promover o trabalho em redes entre seus membros e, mais particularmente, promover colaboração com as Nações Unidas para atingir objetivos comuns como a paz, o respeito pelos direitos humanos, as relações de equidade e harmonia entre pessoas e nações, o bem estar socio-econômico e ecológico;
  • Distribuir informações com vistas a fazer crescer a consciência entre seus membros;
  • Coletar a experiência dos trabalhos de base e as descobertas de seus membros e trazê-las à atenção de outros, particularmente das Nações Unidas;
  • Estabelecer ligações para trabalhar em redes e para colaboração com outras agências e ONGs 

Tais objetivos são exatamente o que nos mantém ocupados diariamente em VINY.

Ir. Edni: Quais as prioridades de VIVAT e como foram estabelecidas?
Ir. Carmen: As prioridades de VIVAT são erradicação da pobreza, questões referentes às mulheres, desenvolvimento sustentável e cultura da paz. Essas quatro questões em foco devem ser vistas sob o tema dos Direitos Humanos como uma preocupação geral. Para chegar a isso, a equipe executiva em Nova Iorque, com o consentimento da direção de VIVAT, fez no ano passado um levantamento, através desta simples pergunta dirigida aos membros, coordenadores e coordenadoras de JUPIC: considerando a realidade atual e as tendências futuras em sua localidade, quais são suas prioridades nos próximos 5-6 anos? Um considerável número de JUPICs respondeu a esse levantamento e o resultado está aí acima.
Vou pegar apenas o primeiro, erradicação da pobreza. Em nossos dias, aproximadamente 1/5 dos 6 bilhões da população mundial está vivendo em extrema pobreza. Nós, SSpS e SVD, nós já abraçamos a "opção pelos pobres" há três décadas. A pobreza não foi aliviada, pelo contrário, ela piorou em nossos dias. VIVAT International assume essa prioridade da mesma maneira que as Nações Unidas a intensificaram em seus Objetivos para o Novo Milênio, "reduzir pela metade o número de pessoas vivendo na pobreza, até o ano de 2015". Não há nenhum país que não tenha pobres. Mas, há grande número de países, chamados hoje de "Países menos Desenvolvidos", assim chamados porque a renda média de sua população não atinge nem mesmo US$1 (dólar) per capita. A maioria dos países menos desenvolvidos estão na África e alguns poucos no Caribe e na Ásia.
Vocês sabem muito bem que o Brasil está também tentando erradicar a pobreza de seu povo. Ambos, seu Governo e seus Bispos Católicos (CNBB) lançaram uma campanha com esse objetivo. Eu me congratulo com Lula por sua campanha prioritária que ele chamou de "Campanha Fome Zero". Num de seus primeiros pronunciamentos, após sua eleição ao cargo, ele disse: "Se durante meu mandato como Presidente, cada brasileiro e cada brasileira puder ter três refeições ao dia, eu terei sido um presidente bem sucedido".
Como se pode concluir, a erradicação da pobreza é a prioridade do mundo que se preocupa com aquelas pessoas vivendo com fome e na miséria, dia por dia. VIVAT deve juntar-se a todos os povos de boa vontade em direção a essa prioridade.

Ir. Edni: Como surgiu a idéia de criar o VIVAT International?

Ir. Carmen: Em qualquer lugar e toda vez que me perguntam isso, eu sempre me sinto feliz e orgulhosa em partilhar que a "raiz" do VIVAT International está nas AMÉRICAS. Em 1995, Pe. John Shevlin, SVD, missionário da Província Oeste dos Estados Unidos, enviou várias cartas a Arnoldus Nota, demonstrando que tinha feito uma investigação inicial sobre a idéia de formar uma Organização Não Governamental (ONG) credenciada nas Nações Unidas. No ano seguinte, Conselho Geral da SVD deu o sinal verde ao Pe. Shevlin para levar adiante o projeto. O "momento da concepção" aconteceu na Bolívia, durante a reunião Pan-americana de JUPIC SSpS-SVD, em janeiro de 1998. Lá o grupo decidiu endossar a questão junto a ambos os Conselhos Gerais, "para estabelecer uma ONG conjunta junto às Nações Unidas". A proposta veio do fato de que hoje um bom número de congregações religiosas como Franciscanos e Franciscanas, Bom Pastor, Maryknoll, Irmãs da Misericórdia, Dominicanos e Dominicanas, já se credenciaram como ONGs junto às Nações Unidas e estão trabalhando dentro ou ligadas a essa Instituição. Essas Congregações têm afirmado como muito positiva a experiência das congregações religiosas estarem envolvidas nesses assuntos.
Ambos os Conselhos Gerais levaram a sério a questão, o suficiente para deslanchar em 19 de dezembro de 2000 a fase preparatória que deverá levar à efetivação e "nascimento" de VIVAT international, em Nova Iorque. Dessa maneira, vocês podem ver que os laços entre JUPIC e VIVAT International estão estreitamente ligados.

Ir. Edni: Em que estágio se encontra o processo de VIVAT na ONU?

Ir. Carmen: O Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC) é o organismo que lida com as ONGs que se registraram com fins a serem credenciadas. Seu primeiro critério para uma ONG se qualificar para o requerimento é sua existência legal de pelo menos dois anos. VIVAT já alcançou esse período mínimo a 19 dezembro de 2002. Portanto, VIVAT está agora pronta para se candidatar. Na verdade, a Equipe Executiva em Nova Iorque, (Padre Lawrence Correa e eu) fizemos muitos trabalhos preparatórios, tais como a documentação. Estabelecemos a data de 1º de abril de 2003 para entregar todos os requerimentos exigidos. O Comitê do Conselho Econômico e Social da ONU vai estudar sistematicamente e considerar todas as inscrições antes de junho de 2003 e então, em junho de 2004, ele comunicará a avaliação inicial a cada ONG que solicitou a qualificação.
Nesse processo, envolvemos todas as equipes de JUPIC, pedindo-lhes para enviar seus relatórios pertinentes às quatro prioridades de VIVAT. Um bom número respondeu imediatamente, mas muitos outras simplesmente não responderam. Aproveito esta oportunidade para encorajá-las a enviar a VINY seus relatórios relevantes. Dependemos de suas informações para uma documentação autêntica das atividades de VINY na base. VINY providenciou um formulário específico (VINYF-1) para mandar os relatórios com as questões indicadas. Pedimos que os membros de VIVAT que enviarem seus relatórios coloquem suas assinaturas para a autenticidade destes como provindos da base dos membros de VIVAT.

Ir. Edni: Qual a possibilidade que as ONGs têm de exercer alguma influência na ONU? Se for positiva, em que nível esta se dá?

Ir. Carmen: As ONGs tem tido efetiva influência no processo político, de uma maneira indireta. Por que ONGs não são membros da ONU (somente os Estados Membros), elas não têm direito a voto, porém têm todo o direito a encaminhar suas preocupações. Há diversas maneiras das ONGs fazerem a defesa e exercerem pressões na ONU. Primeiramente, é através de trabalho conjugado com outras ONGs que têm a mesma posição sobre a questão. As idéias comuns dessas ONGs são levadas como vozes coletivas a qualquer organismo da ONU, antes ou durante seus debates e deliberações. Uma outra maneira é de uma ONG encaminhar sozinha suas preocupações. Em nossa experiência, agir em comum com outras ONGs tem mais peso e é mais efetivo.
É consolador saber que o atual Secretário Geral da ONU, Sr. Koffi Annan, tem trabalhado em favor da inclusão das ONGs, chamando-as de "parceiras". Parceria tem suas diferentes facetas. Há ONGs que fazem essa parceria através de defensoria e pressão aos governos a nível local, nacional e internacional. Há outras que o fazem a nível da implementação nas bases. Há ainda outras ONGs que contribuem através de estudos e pesquisas e partilham seus resultados com a ONU.
Não é a quantidade de membros que faz uma ONG ser eficiente, mas a qualidade da ação e o compromisso de realizar os objetivos das Nações Unidas.

Ir. Edni: Como se dará a integração da programação das várias províncias com VIVAT?

Ir. Carmen: Essa é uma questão muito importante e muito prática. Entendemos que cada província tem suas próprias prioridades como JUPIC. O que VINY tem comunicado às províncias serve para ajudar a re-ligar e re-planejar, conforme as prioridades de VIVAT. VIVAT não visa mudar inteiramente suas atividades e pastorais, antes, quer situá-las nas 4 principais prioridades. Por exemplo, tomemos o ALBERGUE para trabalhadores em Santo Amaro". Esse projeto é um bom exemplo que pode ser incluído na Erradicação da Pobreza. Outro exemplo seria o "Movimento dos Sem Terra". Esse poderia se agregar ao desenvolvimento sustentável, com o objetivo final de erradicar a pobreza.
Estou muito satisfeita que a reunião Pan-americana de JUPIC, em Canoas, assumiu como próprias as prioridades de VIVAT, pelos próximos 2 anos, tomando os Direitos Humanos como plataforma para planejar as estratégias de implementação. Estou contente também porque o grupo endossou a resolução de assumir novas maneiras de trabalhar conjuntamente como SSpS, SVD, colaboradores e colaboradoras leigas. Acredito que dessa maneira VIVAT será mais visível e efetiva.

Ir. Edni: Qual a importância de VIVAT para a ação missionária?

Ir. Carmen: Essa é uma questão importante e fundamental para entender o valor de VIVAT como uma ONG e o que isso significa para nós, como missionárias. Vou primeiro dar as premissas de VIVAT como uma ONG na ONU:
A ONU é uma organização de Estados ou Governos.
Uma ONG, que significa ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL, não tem, portanto, o direito inerente de participar nas atividades da ONU. Entretanto, desde o começo de sua história, a ONU acolheu ONGs como grupos especiais da SOCIEDADE CIVIL, que estão dispostos e prontos para colaborar com ela. A primeira ONG na ONU foi a CRUZ VERMELHA, que colaborou na restauração dos países e povos do mundo atingidos, depois da 2ª guerra mundial. Desde então, a ONU acolheu muitas mais. De fato, já existe milhares delas que são credenciadas junto à ONU. Durante a última década, algumas congregações religiosas pensaram e decidiram seguir outras ONGs da sociedade civil.
Somente concordando com os critérios do processo de credenciamento do Conselho Econômico e Social da ONU uma ONG pode se tornar qualificada. Uma ONG deve primeiro ser um organismo reconhecidamente legal, uma organização sem fins lucrativos e deve abraçar os objetivos da ONU, fazendo deles o objetivo da ONG. Uma vez qualificada, essa ONG pode aproveitar a vantagem de sua participação no processo da ONU e ter acesso a suas informações, ainda que possam muitas vezes ser limitadas.
VIVAT é uma ONG com aproximadamente 10.000 membros, SVD e SSpS. Se e quando formos credenciadas, VIVAT pode, por ela mesma, gozar dos privilégios de todas as outras ONGs. VIVAT terá o direito de ter seus membros participando nas Conferências Internacionais da ONU e assim tornar-se uma VOZ ativa do povo ao qual servimos, encaminhando, e fazendo pressões em favor de suas necessidades.
A ONU existe desde 1945. A organização e o sistema são complexos. Ela tem seus procedimentos parlamentares e seu modo de trabalhar. Nela, são 6 as línguas oficiais, que devem ser usadas em todas as comunicações escritas ou orais. Internacionalidade, ecumenismo e diversidade de culturas são traços característicos da ONU.
A ONU não é uma organização perfeita (da mesma maneira que a Igreja) mas a ONU, até agora, é a única dessa espécie no mundo, desde sua fundação. Há aspectos na ONU que precisam de mudanças e reformas.
Dentro dessas premissas, VIVAT Internacional tem sentido e valor para ser uma parceira da ONU como uma ONG. O Pe. Geral Antonio Pernia, SVD, primeiro Presidente dos diretores de VIVAT Internacional, expressou-se corretamente: "Nós prevemos que VIVAT nos dará a oportunidade de testemunhar ao que o Papa João Paulo II chamou de "o novo areópago". Acreditamos que os objetivos humanitários da ONU são muito consistentes com nossos próprios objetivos e que a colaboração com a ONU pode ser um importante meio de trabalhar pelo Reino. É importante que VIVAT Internacional não se torne a atividade de apenas alguns de nossos membros em Nova Iorque, mas que seja realmente enraizada na fé, na vida e na experiência de todos os seus membros.

Irmã Carmem Castro pertence a Província do Estados Unidos e faz missão em New York

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