Luisa Mahin

Princesa Nagô, da Costa da Mina, da tribo Mahi.
Quitandeira muçulmana, livre, altiva, recusou o batismo.

Mesmo grávida, abria sua casa para a articulação dos levantes de negros.
Valendo-se de seu ofício de quitandeira, enviava recados escritos em árabe.
Houve quem traísse e foram castigados brutalmente.
Astuta, conseguiu fugir.

Luís, o filho, ficou com o pai português. Tinha muita vontade de conhecer um navio.
Um dia, como que para satisfazer esse sonho infantil, levou-o para conhecer o interior de um navio. Enquanto admirava o patacho Saraiva, o pai sumiu: vendera Luís como escravo.

No Rio de Janeiro, muito pequeno, fraco e, além disso baiano (os baianos tinham a fama de rebeldes), fora desprezado.
Foi de novo vendido para São Paulo.

Em 1847 conheceu Antonio Rodrigues do Prado Junior, estudante de Direito, que lhe ensinou a ler.

Sentindo-se senhor de si, Luís partiu em busca da mãe. Procurou-a por anos a fio, mas nunca mais a viu.

Não fosse a traição provavelmente Luísa teria sido sagrada Rainha. Não viveu para ver seu filho se transformar no grande abolicionista que hoje empresta seu nome a praças, ruas, monumentos, núcleos de pesquisa,.. : Luís Gama.

Luisa provavelmente foi degredada morrendo incógnita na África, permanecendo durante muitos anos.

Iolanda Toshie Ide
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Lins;
Representante da Pastoral da Mulher Marginalizada no setor de Pastorais Sociais da CNBB;
Coordenadora do Grupo de Pesquisa e Ação " Educação e questões de Gênero", da UNESP de Marília / SP

Convento Santíssima Trindade

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