SOBERANIA ALIMENTAR

As pessoas, os povos, os países, os estados têm o direito à Soberania Alimentar. Para garanti-la, determinam as políticas alimentares e agrícolas protegendo sua produção e sua cultura. Para tanto, dependem do acesso à terra, à água, à semente. 

Esse é um conceito que supera o da segurança alimentar - termo cunhado em contexto de guerra – que se constitui em políticas de organizações civis e governamentais que põem em risco a produção e o mercado local com a importação de alimentos. Os hortifrutigranjeiros deveriam ser comercializados não em grandes redes de supermercados, mas pelas/os próprias/os produtoras/es, em feiras livres, quitandas e nas várias modalidades de comércio solidário.
 
A Soberania Alimentar tem como base, também, não só a produção de alimentos em quantidade suficiente para os mais de 6 bilhões de habitantes desse planeta, mas atenta para a distribuição justa, o acesso de todos e todas. Há alimentos suficientes para todas as pessoas, falta acesso. Daí a importância dos estoques regulares. 
 
“A Soberania Alimentar defende os princípios de justiça, solidariedade e cooperação como forma de fortalecer a agricultura camponesa, em cada unidade familiar e comunitária e na articulação entre elas.”
 
Para que tenhamos Soberania Alimentar, é necessária “uma reforma agrária justa, o controle dos territórios pelos povos que neles vivem, os mercados locais, a biodiversidade, a autonomia, a saúde e a qualidade de vida.”
 
Quando as mulheres (coletando, selecionando, trocando, distribuindo e plantando sementes) inventaram a agricultura, garantiram a alimentação de todas/os aos que viviam no local. E foram além, inventaram a Arte Culinária e o modo de conservar os alimentos . Mas a preocupação principal sempre foi a garantia de que ninguém ficaria sem alimentos, mesmo que, para isso, tivessem de elas mesmas passarem fome.
 
Não sem razão, quando os chamados Tratados de Livre Comércio (TLCs) puseram em risco a Soberania Alimentar, foram elas as primeiras a resistir bravamente à tirania desses tratados. E o fizeram com tanta garra que pagaram com a vida principalmente no México (e depois, Colômbia), primeiro país a aderir aos TLCs.
 
Historicamente as mulheres sempre produziram alimentos com o devido respeito à biodiversidade, às fontes de água, às sementes, às florestas, contra o comportamento perdulário e predador dos homens.
 
Ainda hoje, com suas hortas, pomares, criação de galinhas, coelhos e porcos, piscicultura, produção de cereais, distribuição, trocas solidárias e, principalmente, o preparo de alimentos, são as mulheres que garantem que os alimentos cheguem à mesa de mais de 80% da população.
 
Iolanda Toshie Ide
 

Convento Santíssima Trindade

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