LIVRO SOBRE CULTURA XERENTE

 

Durante o Congresso dos 40 anos do CIMI, realizado de 19 a 23 de novembro em Luziânia (GO), Ir. Sílvia Wewering, missionária Serva do Espírito Santo, lançou o livro “Akwẽ Xerente – Vida, Cultura, Identidade”- fruto do trabalho em mutirão dos professores e professoras xerentes da região de Tocantínia (TO).

A apresentação do livro foi feita por dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás e assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Em seu discurso ele salientou a construção coletiva do livro e o resgate da cultura do povo xerente.  

TESTEMUNHO MISSIONÁRIO DE IRMÃ SÍLVIA

Solidariedade com o povo Xerente

Ir. Silvia com professores xerente da área indígena de Tocantínia (TO)

Areas indígenas do Tocantins

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ir. Sílvia Theckla Wewering convive com os índios Xerente, no Estado do Tocantins, há mais de 30 anos e, com eles, luta para que tenham acesso, nas aldeias onde vivem, a uma educação de qualidade na própria língua.

As 58 aldeias do território Xerente estão localizadas no município de Tocantínia, a 70 km ao norte de Palmas. Ir. Sílvia ou Sibaká, como é chamada pelos Xerentes, acompanhando os professores indígenas, percebeu a necessidade de se confeccionar materiais didáticos próprios. Com seu apoio, foi elaborada uma cartilha de alfabetização na língua xerente e também cinco livros, apresentando a mitologia desse Povo.

Com o crescimento da cidade de Palmas Ir. Sílvia viu que, se não fosse feito um registro, as crianças e os jovens iriam perder os valores e os conhecimentos de sua cultura. Então, junto com os professores e lideranças indígenas, organizou uma pesquisa de resgate cultural visitando as aldeias, escutando e documentando o que as anciãs e anciãos contavam sobre sua história, seus costumes e usos de antigamente. Por causa das distâncias e do grande número de aldeias, foram necessários muitos anos de trabalho.

Desta pesquisa, sob a coordenação de Ir. Sílvia, resultou a criação coletiva do livro “Akwẽ Xerente – Vida, Cultura, Identidade”, que deverá ser lançado ainda neste ano, em novembro.

O chamado de Deus

Ir. Sílvia nasceu na Alemanha, entrou para a Congregação das Missionárias Servas do Espírito Santo e descobriu o chamado de Deus para dedicar-se aos povos nativos. Imaginava ir para África, Ásia ou Nova Guiné, mas foi enviada ao Brasil, em 1959.

A partir dos anos 70 trabalhou nas escolas e capelas rurais de Tocantínia (TO), mas só em 1980 conseguiu realizar seu sonho de um contato mais direto com o povo indígena Akwẽ Xerente e, desde então, vive a maior parte do tempo em suas aldeias com o objetivo de apoiá-los na defesa de suas terras, na revitalização de sua cultura e reconquista da autonomia. Embora não realize um trabalho de evangelização explícita, Ir. Sílvia considera que “conviver, ser solidária, dar incentivos para uma vida mais plena é evangelizar".

Para ela, “viver desapegada das coisas, passar por necessidades e até experimentar a fome”, não é o maior desafio que enfrenta em sua missão. O mais difícil “é viver num ambiente onde a maior parte da população envolvente é hostil ao indígena”.

Mesmo tendo sofrido perseguição e encontrado preconceitos, às vezes, até na própria Igreja, Ir. Sílvia declara - “o maior dom da minha vida missionária é poder caminhar com o povo Akwe Xerente e, no dia a dia, juntos experimentarmos a presença viva do Deus Conosco, o Pai Grande, o Waptokwazawre, como eles o chamam”.

 

Convento Santíssima Trindade

REDES

EVANGELHO

CONHEÇA O VIVAT

ACESSE SEU WEBMAIL

Newsletter

SSpS - Missionárias Servas do Espírito Santo - Província Stella Matutina - Todos os direitos reservados
Rua São Benedito, 2146 - Santo Amaro - São Paulo - SP | Tel. (11) 5547-7222